Fake, Robert Kiyosaki: Quem trabalha por dinheiro… trabalha para pessoas que imprimem dinheiro. Entender essa realidade pode ser a chave para abrir nossas mentes para toda a verdade – ou toda a mentira – que existe por trás de alguns conceitos que a maioria das pessoas nunca conheceu: dinheiro de mentira, professores de mentira e ativos de mentira.
Imprimir dinheiro de mentira não é novidade. Os antigos e modernos sistemas bancários são baseados na impressão de dinheiro de mentira. É assim que os bancos enriquecem. Eles ganham muito dinheiro porque, há milhares de anos, têm licença para imprimir dinheiro.
Os bancos não são as únicas organizações autorizadas a fazer isso. O mercado de ações, de títulos, imobiliário, de derivativos financeiros e muitos outros mercados também têm essa licença. Quem trabalha por dinheiro… trabalha para pessoas que imprimem dinheiro. Robert Kiyosaki é muito famoso por seu livro “Pai rico, pai pobre” e algumas outras obras, contudo, Fake é considerado por muitos como sua verdadeira obra prima, pois toca em assuntos sensíveis e até mesmo polêmicos sobre como o sistema financeiro e o sistema educacional tradicional te faz viver uma vida inteira baseada em necessidades, te tornando um escravo remunerado daqueles que imprimem dinheiro.
O grande problema é que nosso sistema não ensina os estudantes a imprimir dinheiro. Em vez disso, ensina-os a trabalhar para pessoas que o imprimem. Isso é o que realmente está por trás da crise financeira que enfrentamos hoje. Assim, o grande problema da impressão de dinheiro reflete sobre a população naquilo que conhecemos como inflação. Isso significa que, mesmo que as pessoas possuam mais dinheiro, o seu poder de compra estará cada vez mais reduzido. Um conselho polêmico que Robert Kiyosaki escreve logo de cara é: “Não confie em guardar suas economias em um banco”. O motivo dessa desconfiança com o sistema bancário é que todo o sistema monetário do mundo depende do risco de contraparte. Ele defende fortemente que as pessoas que acreditam na poupança são grandes perdedoras, principalmente por causa das taxas que são cobradas pelos bancos e, enquanto isso, a inflação continua a crescer. Em “Fake”, Robert explica os 3 tipos de dinheiro que existem nos dias atuais.
1- Dinheiro de Deus: Que basicamente trata-se da riqueza palpável, extraída da Terra e que existe fisicamente: Ouro e prata, por exemplo.
2- Dinheiro Governamental: As moedas mundiais: Dólar, Euro e etc.
3- Dinheiro do povo: Esse que atualmente anda bem em alta, mas que a maioria das pessoas sequer entende como funciona o seu sistema; tais como: Bitcoin, Ethereum e outras moedas cibernéticas.
Em 2019, ao escrever este livro, o preço do bitcoin e de outras moedas cibernéticas subia e despencava rapidamente. Mais uma vez, poucas pessoas entendem como as moedas de tecnologia bitcoin ou blockchain afetarão suas vidas, seu futuro e sua segurança financeira. A alternativa que Robert sugere em seu livro é que compremos o dinheiro de Deus. Ou seja, ouro de verdade e prata de verdade. Ele tem uma forte convicção de que esses metais preciosos servem como um grande seguro contra as variações e a queda inevitável das moedas mundiais. E existe uma boa lógica por trás disso. O dinheiro de mentira – ou seja, o dinheiro virtual, o crédito, ou todo aquele tipo de dinheiro que é impresso de forma direta ou indireta – é o grande responsável por trás da crise financeira que enfrentamos nos dias atuais.
Mesmo que boa parte da população acredite que isso tudo acontece longe demais de sua realidade, as catástrofes do mundo financeiro sempre possuem consequências globais em um mundo cada vez mais conectado. O aumento do preço do ouro em 1971 e o do bitcoin em 2018 são indícios de profundas mudanças nas placas tectônicas financeiras de todo o mundo, que causarão terremotos e tsunamis financeiros em todo o globo. O objetivo deste livro é dar às pessoas comuns a possibilidade de sobreviver, possivelmente prosperar, talvez até ficar muito ricas, mesmo após o colapso.
E é esperado que esse colapso seja de um quatrilhão de dólares. Essas catástrofes financeiras são fatos, e contra fatos não há mentiras. Em 1971, o presidente Richard Nixon desatrelou o dólar do padrão-ouro. Em 1971, o dólar se tornou moeda fiduciária… dinheiro governamental. O pai rico o definiu como “dinheiro de mentira”. O dinheiro de mentira deixa os ricos mais ricos. O problema é que deixa os pobres e a classe média mais pobres. E isso nos leva ao próximo conceito: Professores de Mentira. O sistema de educação sustenta uma essência que mantem as pessoas na força de trabalho. Para esse sistema, a boa educação se baseia em bons diplomas e na conquista de um ótimo emprego que seja bem remunerado. Desse modo, as pessoas começam a trocar o tempo que possuem por dinheiro, ao mesmo tempo em que pagam impostos ao longo da vida.
O autor Robert Kyosaki defende então aquilo que ele chama de educação real, algo que considera extremamente necessário na sociedade. Ou seja: Educação financeira. Isso significa que ele acredita que as pessoas precisam aprender sobre as opções de investimentos e, desse modo, entenderem como gerar renda ao passo que minimizam os impostos de forma legal. Essa ideia se resume na definição de que educação financeira significa fazer o dinheiro fluir. A educação financeira legítima deve abordar como e porque o dinheiro é impresso.
E estar ciente dos motivos aumenta a possibilidade de sobrevivência financeira. Imagine que você tenha um emprego e tenha estabilidade nesse trabalho. O dinheiro que você recebe é tributado e, consequentemente, parte dele vai para o governo em troca de uma aposentadoria no futuro. Essa logística possui inúmeras taxas invisíveis e escondidas que vão para a gestão dos fundos, para o governo e, é claro, para os bancos.
Enquanto isso, você paga pelo financiamento de sua casa, que também possui juros, e novamente vemos um cenário onde os bancos estão ganhando dinheiro em cima desse sonho de consumo da maioria das pessoas. É assim que os bancos ficam cada vez mais ricos, graças ao direito milenar de ter licença para imprimir dinheiro e fazer você trabalhar. Desse modo, se olharmos essa realidade de um ponto de vista de fluxo de caixa, a pessoa que trabalha e paga essas taxas estão constantemente perdendo dinheiro ao longo da vida.
Nunca se esqueça: “Quando fazemos um financiamento no banco, estamos imprimindo dinheiro”. A partir do momento em que passamos a entender esse simples conceito, diversos ajustes podem ser feitos para que os impactos desse sistema sejam cada vez mais suaves sobre aqueles que servem de engrenagem para fazer a máquina girar. Uma compreensão das opções que existem onde se vive e como pagar menos impostos de modo legal faz toda a diferença na vida de uma pessoa.
É importante repensar diversos ensinamentos sobre finanças que nos foram apresentados ao longo do tempo. Muitos especialistas, que na verdade são professores de mentira, nos aconselham coisas do tipo: nossa casa é nosso maior ativo. Robert afirma que “Sua casa não é um ativo — é um passivo”. Um ativo de verdade seria se você fosse o proprietário de um imóvel e alugasse esse imóvel para lucrar com os aluguéis mensais. Isso faria com que o dinheiro fluísse todo mês para você. Não ensinar educação financeira e sobre como o dinheiro e os investimentos funcionam é uma forma daqueles que imprimem o dinheiro conseguirem manter o controle sobre aqueles que trabalham. Assim, os pobres continuam gerando renda para os ricos, pois esses mesmos pobres jamais aprenderão como gerar a riqueza.
Mais uma vez Kyosaki defende a necessidade de se estudar sobre dinheiro, para entender como ele funciona e aprender a como ganhá-lo. Por isso tantas pessoas caem em armadilhas daqueles que prometem soluções simplistas de como ganhar dinheiro, pois essas mesmas pessoas não procuram entender como os investimentos, mercados e o próprio dinheiro funcionam. Faça um exercício e reflita: O que a sua escola ensina sobre dinheiro? O que seus pais sabem sobre dinheiro? O que seu consultor financeiro sabe? O que nossos governantes demonstram saber sobre dinheiro? E por que 78% das pessoas vivem de salário em salário?
Em 2008, a economia mundial entrou em colapso, quando ativos de mentira e financiamentos de alto risco colapsaram. Os mesmos banqueiros que venderam ativos de mentira em 2008 ainda os vendem para você, para mim e para os planos de aposentadoria. E assim chegamos ao terceiro conceito base desse livro: Os Ativos de mentira. Meu banqueiro sempre dizia: “Sua casa é um ativo”. Mas de quem esse ativo é… de verdade? É com essa frase que Robert Kiyosaki inicia a terceira parte de seu livro. Por isso, você precisa entender o que são ativos de verdade. Eles são sempre lastreados a uma reserva de valor real e não fazem parte do dinheiro de mentira. Milhões de pessoas investem em ativos de mentira. Robert repete em “Fake” a mesma acepção que usou em “Pai Rico, Pai Pobre” para definir um ativo:
“Ativo é algo que coloca dinheiro no seu bolso”. Mas, infelizmente, “Para a maioria das pessoas, seus “ativos” tiram dinheiro de seus bolsos”.
Esses ativos de mentira são os responsáveis pelo enriquecimento da elite. Por isso eles não querem que você entenda como isso funciona. Investir ou confiar suas economias em ativos de mentira significa confiar que o futuro será garantido por ações, títulos, fundos mútuos, ETFs e seguros, na esperança de que essas são maneiras sólidas de guardar dinheiro em busca de uma aposentadoria. Enquanto isso, na outra ponta, Robert fala sobre os bancos que são grandes demais para falir, como Goldman Sachs, Wells Fargo e Citibank, e como eles causaram a crise e fizeram bilhões e ao mesmo tempo ninguém foi processado. Os banqueiros que fizeram bilhões vendendo esses ativos de mentira ganharam milhões em bônus por fazer isso.
E isso é algo que Robert considera criminoso. Robert diz que Ativos de Mentira são Passivos de Verdade. Milhões de pessoas fazem investimentos em busca de um plano de aposentadoria, mas o que essas pessoas não entendem é que estão colocando o dinheiro em um ativo de mentira porque o dinheiro continua fluindo para fora do seu bolso, e isso alimenta o velho ciclo onde o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez mais pobre. Professores de mentira ensinam sobre ativos de mentiras, apenas com o intuito de criarem ainda mais dinheiro de mentira e assim controlarem a população que não faz parte da elite.
Sem uma educação financeira adequada, as pessoas acabam ficando de mãos atadas porque os falsos professores replicam aquilo que ouviram, ao invés de ensinarem aquilo que viveram. Isso acaba gerando um ciclo vicioso que cega as pessoas, e é justamente esse o grande objetivo das elites acadêmicas, pois assim eles roubam a riqueza daqueles que não enxergam a verdade sobre o dinheiro. Por isso, compartilhar conhecimento é um hábito que rende bons frutos. Quando o conhecimento é passado para frente, o professor de verdade também acaba aprendendo com essa experiência. Esse audiobook serve para abrir nossos olhos e entender algumas ideias de como o sistema financeiro funciona, e também como podemos agir e nos posicionar melhor diante disso no futuro.
Diferenciar dinheiro de verdade de dinheiro de mentira, além de saber como escolher professores de verdade e de como identificar ativos de verdade faz toda a diferença. “Somos todos águias. Todos nós temos asas, o espírito dado por Deus para aprender a voar e também o poder de escolher. A questão é: temos a coragem? Deixe seu like e inscreva-se no Podflix agora mesmo! Isso nos ajudará a trazer novos conteúdos como esse! E por falar nisso, se você gostou desse audiobook, saiba mais sobre educação financeira e finanças pessoais, no audiobook do livro “Do Mil ao Milhão”, de Thiago Nigro, no PODFLIX!
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